segunda-feira, 28 de março de 2011

Tienen Tu Color

E eu que pensava que havias esquecido
Todas essas coisas que algum dia eu te pedi
Todas as canções, que um dia eu te escrevi

E me dado conta
Que tem estado aí
Fazendo memória diante de mim
Não tinhas esquecido do que eu escrevi

Mas Tu me conheces
E é tua decisão
E a Seu tempo me darás o que é melhor

Todos meus anseios tem a tua cor
Tem a batida do teu coração
Eu não quero nada sem Tua direção

Todos meus anseios são de ti Senhor
Tem tua cadência tem tua paixão
Não me importa nada só o teu favor

E eu que pensava que havias esquecido...
                                                                (Jesus Adrian Romero)

quarta-feira, 2 de março de 2011

Procura-se um Amigo

Procura-se um amigo... basta ser humano, basta ter sentimento, basta ter coração.
Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir.
Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto dos ventos e das canções da brisa.
Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor.
Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo.
Deve guardar segredo sem se sacrificar.
Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão.
Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados.
Não é preciso que seja puro, nem que seja de todo impuro, mas não deve ser vulgar.
Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa.
Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objetivo deve ser o de amigo.
Deve sentir pena das pessoas tristes e compreender o imenso vazio dos solitários.
Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.
Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo.
Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grande chuvas e das recordações de infância.
Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade.
Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.
(...)
Precisa-se de um amigo ... para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas.
Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.
                                                                                                 Vinicius de Moraes